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Seguindo a estrela de Belém

Deus disse a Santa Catarina

Santa Catarina

A alma justa que termina a sua vida terrestre na caridade fica a partir daí encadeada no amor e já não pode crescer em virtude; o tempo acabou. Mas pode sempre amar com o amor que tinha quando veio a mim e que é a medida do seu amor (Lc 6,38). Deseja-me sempre, ama-me sempre e o seu desejo nunca é frustrado: tem fome e é saciada; uma vez saciada, tem mais fome; está livre do desprazer da saciedade tanto quanto do sofrimento da fome. É no amor que os bem-aventurados gozam da minha eterna visão e participam deste bem que tenho em mim mesmo e que comunico a cada um segundo a sua medida; essa medida é o grau de amor que eles tinham quando vieram a mim.

Porque permaneceram na minha caridade e na do próximo e porque estão unidos pela caridade..., cada um alegra-se por participar do bem dos outros, para além do bem universal que já possui. Os santos partilham a alegria e o júbilo dos anjos, no meio dos quais foram colocados... Participam também, de uma forma muito particular, na felicidade daqueles que amavam na terra, mais intimamente, com uma afeição especial. Com esse amor, eles cresciam juntos em graça e virtude: uns eram para os outros ocasião de manifestarem a minha glória e de louvarem o meu nome... Esse amor, não o perderam na vida eterna, guardam-no para sempre. É ele que faz superabundar a sua felicidade, pela alegria que cada um recebe com a felicidade do outro...

O Diálogo, cap. 41)